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Pais cansados, sem energia e desmotivados: esta é uma das consequências da pandemia. O Burnout Parental é um risco real, potenciado por uma situação nova, que obrigou a um reajustamento extremo nas rotinas e no dia a dia de todos nós.

Março de 2020. Portugal fica confinado, entre quatro paredes. Não podemos ir onde nos apetece, fora uma urgência, fazer as compras ou o tão falado “passeio higiénico”, perto de casa.

De repente, pais e filhos passam a conviver 24 horas por dia e os pais têm de lidar, sem tempo de preparação, com esta nova realidade de várias gestões (familiares, profissionais e pessoais).

Neste malabarismo de exigências, vai-se acumulando o cansaço. Falta uma luz ao fundo do túnel, um prazo, uma data de fim.

A parentalidade é uma tarefa a tempo inteiro, sem férias ou intervalos. Atualmente, e mais do que nunca, a sociedade exige aos pais que criem crianças inteligentes, bem-sucedidas e seguras.

Todas estas exigências fazem os pais entrar num piloto automático de desempenho de tarefas, sem uma real conexão com o que está a acontecer. O cansaço entra também em piloto automático, mas vai-se acumulando, até já não ser possível suportá-lo.

Atualmente, e mais do que nunca, a sociedade
exige aos pais que criem crianças inteligentes,
bem-sucedidas e seguras. Todas estas exigências fazem os pais entrar num piloto automático
de desempenho de tarefas

 

 

BURNOUT PARENTAL: O QUE É?

Há três fatores que contribuem para um quadro de burnout, como o esgotamento/falta de energia, sentimento de que se é um mau pai e o distanciamento emocional da criança.

Burnout não deve ser confundido com stress. Naturalmente, o contexto pandémico aumentou os níveis de cansaço dos pais, com várias coisas para gerir ao mesmo tempo, e sem tempo de preparação. No entanto, as situações de burnout não devem ser generalizadas.

Sinais de alerta

Um quadro de burnout acontece quando os pais sentem que não têm recursos suficientes para lidar com as constantes exigências da parentalidade.

Entre os sinais de alerta estão as alterações de humor, sono ou apetite, bem como sentimento constante de frustração, difícil gestão de emoções, distanciamento do filho, falta de controlo nos seus comportamentos, dificuldade de concentração nas tarefas da casa / trabalho e o sentimento de culpa.

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COMO MANTER O EQUILÍBRIO?

1. Procure ajuda profissional: não deixe chegar ao limite nem tente fazer tudo sozinho;

2. Baixe o nível de exigência: lembre-se que está a fazer o que pode com as ferramentas que tem no momento;

3. Sempre que possível, tenha tempo para si: se não estiver bem consigo, não vai poder estar bem para os outros. Tirar algum tempo para si, mesmo que à primeira vista pareça uma impossibilidade, vai ajudar a equilibrar emoções;

4. Encontre espaço para ter tempo de qualidade com o seu filho: qualidade é mais importante que quantidade. Quando estiver com o seu filho, esteja de verdade. Foque-se naquele momento o mais possível;

5. Conte com a sua rede de suporte: procure no seu companheiro, família ou amigos o apoio necessário para gerir a situação.

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