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Parar também é avançar: como usar o descanso para reconhecer quando precisas de ajuda

“Depois de todos os acontecimentos (…), e depois de me dedicar de corpo e alma a tudo o que aconteceu e que me desgastou, quando tudo passou, acho que senti uma sensação de solidão. Porque enquanto estive lá para tudo e para todos, eu estava dedicada. E no final, ninguém esteve dedicado a mim. Então quando parei caiu tudo em cima e acho que a solidão foi o sentimento maior. Porque na prática, tive momentos tão stressantes e tão seguidos uns dos outros, que estava em função automática de resolver, sem perceber o que me afectava. Quando parei, senti-me sozinha com toda a tristeza e sem saber o que fazer.”

Raquel (nome fictício)

 

O nome pode ser fictício, mas o testemunho é real. E, infelizmente, é algo comum a muitas pessoas que acompanhamos: a solidão.

Estar presente para os outros, dar apoio, resolver, facilitar. E, no fim, o que fica é um sentimento crescente de solidão, uma solidão rodeada de pessoas.

 

 

O que acontece quando paramos?

As férias são muitas vezes vistas como o tempo de descanso perfeito. Mas parar pode ter um efeito inesperado: trazer à superfície tudo aquilo que fomos guardando enquanto estávamos ocupados a resolver problemas, a trabalhar, a cuidar dos outros. É como se, no momento em que o corpo abranda, a mente dissesse: “ok, agora já podes olhar para isto”. E, de repente, o peso acumulado cai em cima, sem aviso, sem amparo, sem que saibas o que fazer com ele.

 

Quando o descanso te mostra o que ignoraste

Durante o ano, habituamo-nos a ignorar sinais subtis de sobrecarga: o sono irregular, o humor instável, a perda de prazer nas atividades ou a sensação constante de “não chegar para tudo”.
Nas férias, sem a distração da rotina, tudo isso fica mais evidente.

Este é o momento ideal para escutar o que o corpo está a tentar dizer.
O cansaço, a apatia ou a dificuldade em relaxar não são fraquezas, mas sim indicadores de que algo precisa de ser reajustado.

Três formas de usar o descanso como ferramenta de autoconsciência

1. Observa o teu corpo
Nota como dormes, como comes e como respiras. O corpo é o primeiro a avisar quando estás a ultrapassar limites.
Se mesmo em férias continuas em tensão, é sinal de que a tua mente não está a descansar.

2. Repara no que te dá energia (e no que te rouba)
Nem tudo o que parece descanso realmente recarrega.
Pergunta-te: o que me faz sentir bem e o que me desgasta?
Esta reflexão simples pode orientar as tuas escolhas para o resto do ano.

3. Procura apoio se o descanso não chega
Se sentes que, mesmo depois de parar, o cansaço continua ou o desânimo persiste, é hora de pedir ajuda.
A psicoterapia pode ajudar-te a compreender o que está por trás desse esgotamento e a recuperar o equilíbrio.

 

Parar é uma escolha ativa

Parar não é desistir. É ter a coragem de escutar. As pausas permitem perceber o que precisa de ser cuidado. Sem essa escuta, é o corpo que acaba por parar por ti.

O descanso é mais do que um intervalo: é uma ferramenta de autoconsciência e prevenção.

Na Transformar, temos uma equipa de psicólogos pronta para te receber com empatia e profissionalismo.

Marca a tua consulta de psicologia e cuida de ti como mereces.

 

📚 Fontes

  • Organização Mundial da Saúde

  • Harvard Business Review

  • Nicabm

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