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Transforme os seus objetivos num plano de ação

É importante saber o que quer, mas não menos importante é saber como lá chegar. Saiba quais os critérios necessários para levar os seus objetivos a bom porto.

Quer começar a fazer exercício? Mudar de emprego? Fazer um novo curso? Criar uma rotina de sono? Implementar uma nova metodologia na sua equipa? Todos os objetivos – tanto pessoais, como profissionais – precisam de um plano concreto que apoie as suas intenções. Antes de se pôr a caminho, planeie a viagem, e comece por fazer algumas perguntas.

4 perguntas a que deve responder ao criar o seu plano de ação:

 

 

1. Porque é que quero fazer isto?

Existe sempre uma razão na origem de uma ação. Perceba quais as suas motivações e, muito importante, certifique-se de que essas razões estão alinhadas consigo e com os seus valores.

2. Faz sentido mudar tudo de uma vez?

Todas as mudanças encontram resistência. Mudanças são coisas novas e, como tal, são vistas pelo nosso cérebro como potencialmente perigosas, porque não as conhecemos. O cérebro está desenhado para nos proteger de todas as ameaças e, para tal, ele tem preparada toda uma lista de argumentos para nos convencer a manter tudo como está, para manter o equilíbrio interno, ainda que esse equilíbrio nos possa ser prejudicial.

  • Mudar de emprego? Para quê? Até nem estou muito mal aqui, e depois o que as pessoas vão dizer? E há pessoas numa situação muito pior que a minha.”

  • Deitar-me mais cedo? Mas estou tão bem aqui a ver esta série… Só mais um episódio – ou talvez três – depois vou dormir.”

  • Fazer exercício? Vou ficar com dores nos músculos. E acho que não tenho muito tempo. Também está um bocadinho de frio agora, até acho que vai chover.”

Nestes momentos, recue ao ponto um, e lembre-se das suas reais motivações. Por isso, comece por passinhos pequenos, fáceis de incorporar na rotina e que ofereçam menos resistência.

3. E se for desconfortável?

Não queremos dar-lhe más notícias mas… todas as mudanças são desconfortáveis 🙂 Prepare-se para lidar com alguma resistência, principalmente ao início, porque é tudo novo e falta “automatizar” essa mudança. Também temos boas notícias: o desconforto vai sendo menor com o tempo.

4. E se não correr bem?

Colocar o plano em prática não vai acontecer numa linha reta. Dê espaço para momentos em que vai regredir, em que não vai correr à velocidade que gostaria, em que vai acontecer um imprevisto ou um desafio inesperado. Isto não quer dizer que não esteja a correr bem, quer dizer apenas que por vezes vão acontecer alguns passos atrás, mas isso faz parte do processo. Pode também acontecer chegar à conclusão que de facto não é por aqui que quer ir, e precisar de reajustar o seu plano, ou até de o mudar por completo.

Respondidas as perguntas, é tempo de criar o seu plano de ação, que deve responder a cinco critérios que vão ajudar a dar mais clareza e maior alinhamento entre aquilo que pretende e o caminho para lá chegar.

Colocar o plano em prática não vai acontecer numa linha reta. Dê espaço para momentos em que vai regredir, em que não vai correr à velocidade que gostaria, em que vai acontecer um imprevisto ou um desafio inesperado.

 

Objetivos SMART: o que são e para que servem?

 

Esta metodologia foi criada em 1981, pelo consultor George T. Doran, que escreveu o artigo “There’s a S.M.A.R.T. way to write management’s goals and objectives”, onde falava da importância de definir metas e objetivos no meio empresarial.

Objetivos SMART são compostos por cinco critérios que ajudam a tornar um propósito em algo concretizável, podendo ser aplicado, tanto no âmbito pessoal, como profissional.

O acrónimo SMART significa Specific, Measurable, Achievable, Realistic, e Time-bound:

Specific | Específicos

Definir especificamente o que pretende aumenta a clareza do seu objetivo. Se não houver clareza, será difícil perceber os esforços envolvidos na concretização do seu plano. Por exemplo, em vez de decidir que quer “vender mais”, defina que quer “vender mais 10% do produto x”. Em vez de “fazer exercício físico”, experimente “fazer uma caminhada com a duração de meia hora às segundas, quartas e sextas, às 10h”.

Measurable | Mensuráveis

Se não medir o resultado das suas ações, não vai saber se o objetivo foi ou está a ser atingido. É necessário um acompanhamento próximo e a definição dos pontos que serão medidos e quando. Tem de ser possível quantificar as suas metas, para saber como está a correr o seu plano.

Achievable | Alcançáveis

Pode ser muito tentador definir metas bem sonhadoras, mas tenha os pés no chão quando criar o seu plano. Perceba aquilo que é, de facto, alcançável, que pode ser diferente daquilo que realmente gostava que acontecesse. Defina objetivos alcançáveis e cuidado com as expectativas muito altas.

Realistic | Realistas

Este ponto está bastante ligado com o anterior: para um objetivo ser alcançável, precisa de conhecer a realidade e que ferramentas dispõe neste momento para pôr em marcha o seu plano. Por exemplo, se não tem por hábito correr, não será possível participar na próxima maratona, que acontece daqui a uma semana. Por mais boa vontade e esforço envolvido, simplesmente não é um objetivo realista, porque não tem no momento as ferramentas necessárias para o concretizar.

Time-bound | Ter um prazo

Por fim, defina um prazo. É importante ter uma perspetiva temporal, caso contrário, o seu plano poderá “perder-se” entre outras prioridades, num eterno estado de desenvolvimento, sem uma conclusão à vista, desmotivando todos os envolvidos. Defina uma data limite, mesmo que eventualmente seja necessário ajustá-la durante o processo.

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