Entenda de que forma a felicidade em ambiente laboral promove a produtividade e rentabilidade das empresas.
Já lá vai o tempo em que se acreditava que o nível de satisfação dos colaboradores em nada estava relacionado com os resultados das empresas.
Este paradigma tem vindo a mudar ao longo do tempo, sendo que a pandemia tem tido uma grande responsabilidade na aceleração de alguns processos e muitas adaptações a que o mundo empresarial tem estado sujeito.
Hoje, as pessoas querem sentir-se felizes no seu local de trabalho, querem ter flexibilidade e sentir que importam, deixando de ser apenas uma peça da engrenagem.
Para isso, existem uma série de fatores que começam a ser vistos como uma prioridade.
Segundo o estudo LinkedIn Global Talent Trends 2022, flexibilidade, assincronismo, confiança, pertencimento e foco no bem-estar são fatores cada vez mais valorizados e que devem fazer parte da cultura corporativa das organizações.
Não são só as empresas que apostam nos seus colaboradores. Este caminho começa, cada vez mais, a ter dois sentidos. Também os colaboradores apostam nas empresas onde trabalham, sendo cada vez mais seletivos na sua escolha. As organizações devem-se manter interessantes para continuarem a ser valorizadas pelos colaboradores (atuais e futuros). As pessoas procuram organizações mais humanas, que as ouçam, respeitem e se preocupem com o seu bem-estar.
A cultura empresarial precisa de se adaptar a este novo paradigma, em que os colaboradores procuram realização pessoal, flexibilidade e mais propósito, traduzindo-se em maiores níveis de motivação, produtividade e rentabilidade.
A conta é simples de fazer: pessoas mais felizes = empresas mais rentáveis.
Flexibilidade: foco nos resultados, e não no local ou horário de trabalho
A flexibilidade é um ponto que pesa cada vez mais na decisão de aceitar ou não uma proposta de trabalho, ou de se manter ou não num projeto. Quanto mais depressa os empregadores perceberem isso e se adaptarem, melhor.
A avaliação deve ter em conta o resultado do trabalho, e não o local ou número de horas trabalhadas.
Colaboradores com flexibilidade para gerirem da melhor forma os compromissos profissionais com pessoais estão mais satisfeitos e mais facilmente recomendam a empresa onde trabalham a outras pessoas.
Esta temática ganhou um grande destaque em tempos de pandemia, mas já antes era referenciado pelas empresas nos seus anúncios de emprego.
77% da Geração Z – pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 90 e 2010 – mais facilmente se interessa por uma oferta de emprego que mencione flexibilidade na descrição.
Segundo o último estudo Happiness Works, quem trabalha remotamente tem níveis superiores de satisfação.
Bem-estar: quem está mal, muda-se
Mais do que planos de saúde ou mesas de pingue-pongue, as pessoas querem ser ouvidas e compreendidas, querem cuidado e tempo.
Há uma nova relação com o trabalho, que deixa de representar apenas uma fonte de rendimento, sendo cada vez mais visto como uma fonte de realização pessoal, de bem-estar e de felicidade.
Quem não se sente cuidado pela sua empresa, tem um menor envolvimento com a organização e maior probabilidade de procurar uma alternativa que preencha as suas aspirações e necessidades.
Uma cultura empresarial que coloca o capital humano no centro das decisões mais facilmente terá como consequência uma força de trabalho motivada, feliz, produtiva e rentável.
Segundo o estudo do LinkedIn, um anúncio de emprego que mencione bem-estar na sua descrição tem mais 147% de hipóteses de ser partilhado. Desde 2019, houve um aumento de 73% de empresas que destacam bem-estar nas suas ofertas de emprego.
Uma nova relação com o trabalho
O “trabalho para a vida” é um conceito cada vez mais ultrapassado. As empresas precisam de se adaptar e responder às necessidades das suas pessoas, caso contrário, serão ultrapassadas por organizações mais alinhadas com a procura atual.
Esta nova relação com o trabalho tem colocado, cada vez mais, o poder do lado do trabalhador, que está cada vez mais seletivo. Segundo o LinkedIn, em 2021 os candidatos visualizaram praticamente o dobro das vagas, comparativamente com 2019, antes de se candidatarem a uma oferta de emprego.
De acordo com o Microsoft 2021 Work Trend Index, 41% dos colaboradores de todo o mundo referem que consideram deixar o seu emprego atual no próximo ano. 46% planeiam fazer uma grande mudança de carreira.
Estudo Happiness Works: empresas mais felizes são mais produtivas
O estudo Happiness Works, fundado e desenvolvido por Georg Dutschke e Guilhermina Vaz Monteiro, é uma iniciativa que se propõe medir o índice de felicidade nas empresas portuguesas, contando até hoje com a participação de 160 entidades e 41 mil respostas.
Este estudo tem demonstrado, ao longo das suas várias edições, que quem é mais feliz, falta menos ao trabalho, está mais motivado, tem menos vontade de mudar e é mais produtivo. Ou seja, quem é mais feliz produz mais e é mais rentável. O dinheiro pode trazer felicidade, mas a felicidade também traz dinheiro.
Um dos fatores que mais contribui para a felicidade em ambiente laboral é o trabalho remoto. Esta flexibilidade e maior possibilidade de conciliação entre vida pessoal e profissional foi o benefício que mais se destacou no estudo deste ano.
Numa escala de 0 a 5, a média global de satisfação dos trabalhadores portugueses situa-se nos 3.9, valor que subiu em 2022, comparativamente com anos anteriores.
Relativamente às áreas mais felizes, as empresas ligadas à Comunicação e Informação foram as que tiveram pontuação mais alta (4.3), seguidas das áreas de Construção e Imobiliário e Finanças e Seguros.
A área da Saúde e Apoio Social está praticamente no final desta lista, com uma pontuação de 3.6, sendo uma das áreas onde os seus colaboradores se sentem menos felizes.
A Transformar é uma empresa feliz
A Academia Transformar esteve presente no evento Empresas Felizes 2022, que se realizou no passado dia 30 de maio. Este evento mostrou o resultado da 11ª edição do estudo Happiness Works, sendo que a Transformar teve uma entrada direta para o Top 20 no ranking das empresas mais felizes em Portugal, entre 123 organizações participantes. Além desta distinção, também a Filipa Jardim da Silva, responsável pelo projeto, foi distinguida com o prémio Happy Boss.
Este prémio destaca o líder que mais promove felicidade organizacional, e foi ganho pela primeira vez por uma mulher, mostrando que as mulheres também são boas líderes e gestoras, num mundo que – ainda – é maioritariamente masculino.
Duas distinções que muito nos orgulham e nos mantêm – ainda – mais focados na nossa missão de promover bem-estar e saúde integrada a todas as pessoas e empresas que procuram os nossos serviços.