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Crenças limitadoras – Liberte-se de ideias que não lhe pertencem

Muito daquilo que somos e pensamos deve-se a padrões de pensamento que trazemos da infância. Saiba qual o impacto das crenças limitadoras e de que forma pode desconstrui-las.

O que são?

 

Crenças limitadoras são convicções que nos foram incutidas, na maior parte das vezes, desde a infância, sendo assumidas como verdades absolutas, que orientam os nossos pensamentos e ações.

Muitas destas crenças passam de geração em geração, quase fazendo parte do “ADN” das famílias.

Alguns exemplos:

“Nunca vou ter dinheiro suficiente.”

“Não tenho competências suficientes para este trabalho.”

“Nunca vou ser feliz.”

“Já não tenho idade para fazer isto.”

“Não posso falhar.”

É um muro invisível de verdades inquestionáveis que é criado à nossa volta e nos retira visão, liberdade de ação e responsabilidade. Com o tempo, estas convicções passam a fazer parte do nosso autodiálogo, não sendo questionadas ou desafiadas.

As crenças limitadoras retiram-nos poder, impedem-nos de alcançar os objetivos e tornam-nos reféns de regras que já não nos servem (muitas vezes, nunca nos serviram). É também por esta razão que são repetidos padrões de comportamentos e relacionamentos.

Muito do trabalho que é feito em terapia foca-se em desconstruir estes padrões, “atualizando” o sistema de crenças com a pessoa que é hoje e que quer ser no futuro.

Como se desenvolvem?

 

Tipicamente, estas crenças surgem na infância, sendo alimentadas e reforçadas por pessoas próximas, em contexto familiar ou escolar.

Uma vez que, neste período da infância e parte da juventude, tendemos a absorver aquilo que se passa em nosso redor, as vivências desta fase da vida tendem a ter um grande peso naquilo em que nos tornamos na idade adulta. Trazemos muitas crenças que não eram nossas, mas passaram a ser. Muitas delas nem eram sequer dos nossos pais, mas foram-lhe incutidas pelos seus pais, e por aí fora.

Todos estes padrões de acontecimentos e experiências ajudam na formação e manutenção de crenças que limitam a sua ação.

Se cresceu num ambiente com uma mentalidade flexível, em que as conquistas dos outros são vistas como uma inspiração e o erro é percebido como uma forma de aprendizagem, é natural que traga essas crenças para a idade adulta, que vão potenciar as suas capacidades.

Se, pelo contrário, cresceu num ambiente mais rígido, em que o sucesso dos outros é visto como uma ameaça e não é permitido errar, será esse o mindset que vai trazer para a vida adulta. Pode não conseguir perceber algumas oportunidades que estão à sua volta, ou não achar que é merecedor delas.

Estas crenças – tanto as que potenciam as capacidades, como as que limitam – são assumidas de forma inconsciente, fazendo parte de um padrão de pensamento que molda a sua visão do mundo e de si próprio.

7 ideias para ajudar a desconstruir crenças limitadoras

 

1. As experiências do passado têm um grande peso na pessoa em que nos tornamos, mas não determinam o que vai acontecer no futuro.

2. Ainda que nem sempre seja fácil de perceber, existem coisas que estão no seu campo de ação e poder. Foque-se nisso.

3. Perceba o que quer e alinhe pensamentos, emoções e comportamentos com a sua meta.

4. Crenças limitadoras podem e devem ser questionadas e desafiadas: “Porque acredito nisto?” “Quando é que comecei a pensar desta forma?” “Existe outra forma de pensar sobre isto?”

5. Nunca é tarde para atualizar as suas crenças, ainda que acredite que sim.

6. Mudanças não acontecem de um dia para o outro. São os pequenos passos que dá todos os dias que levam a grandes transformações.

7. Aposte no autoconhecimento. Quanto melhor se conhecer, mais fácil será identificar que crenças estão ou não alinhadas consigo.

Todos nós temos lentes muito próprias que nos permitem olhar para nós e para o que se passa à nossa volta. Garanta que as suas lentes lhe dão perspetiva e liberdade, e lhe permitem explorar todas as oportunidades que surgem.

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