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6 práticas de autocuidado para uma melhor autoestima

É no aqui e no agora – independentemente das circunstâncias e do que lhe digam – que precisa e merece cuidar de si. Veja como fazê-lo.

Autoestima: o que é e para que serve?

 

Muito se tem falado de autoestima, pelo que não é propriamente um termo novo. Autoestima é o valor que atribui a si mesmo, é aquilo que acha que vale, e que depende de uma série de fatores, como a personalidade, experiências de vida ou contexto familiar e social.

Ter uma boa autoestima é querer-se bem, respeitar-se, ouvir-se e perceber que o seu valor não depende da opinião dos outros.

Pessoas com uma autoestima elevada são mais assertivas, não levam as críticas para o lado pessoal, aceitam todas as características que fazem parte de si, vivem no momento presente e constroem relações que respeitam a sua essência.

Por outro lado, pessoas com uma baixa autoestima acham que nunca fazem o suficiente, duvidam das suas decisões, dão demasiada importância à opinião dos outros, evitam correr riscos, têm dificuldade em estabelecer limites, sentem medo e ansiedade com frequência e têm um diálogo interno julgador e destrutivo.

A autoestima não é fixa, ou seja, não se nasce com um determinado nível de autoestima. É possível trabalhá-la e melhorá-la, e o autocuidado tem um papel fundamental neste processo.

 

 

 

Autoimagem, autoconceito e autoestima: quais as diferenças?

 

Fala-se muito neste conceito de autoestima, mas existem mais dois conceitos que importa referir: autoimagem e autoconceito:

  • Autoimagem: é a maneira como se vê e se descreve, de uma forma global, por dentro e por fora, e nos vários papéis que desempenha.

     

  • Autoconceito: diz respeito à perceção que tem de si. É um conjunto de crenças que se exteriorizam no seu comportamento.

  • Autoestima: é o valor que se atribui, aquilo que acredita que vale, tendo em conta a forma como se vê (autoimagem) e a forma como se perceciona (autoconceito).

“E eu disse ao meu corpo calmamente “Quero ser tua amiga”. Ele suspirou profundamente e respondeu-me “Esperei a vida toda por isto”.

Nayyirah Waheed

O papel da família e amigos na construção de uma autoestima saudável

 

O contexto familiar tem um grande peso na forma como se perceciona. A família é a grande referência que temos, que nos transmite regras e valores, que nos diz o que é certo e o que é errado, e que nos diz também aquilo que somos e valemos.

Haverá maior tendência a desenvolver uma autoestima saudável quando cresceu num ambiente onde existe respeito pela pessoa que é. Quando isso não acontece, as crianças tendem a achar que merecem ser maltratadas e desenvolvem sentimentos de culpa.

Muitas vezes, mesmo numa fase adulta, é entre a família e amigos que se continuam a perpetuar críticas e crenças que contribuem para baixos níveis de autoestima.

Segundo um estudo da marca Dove, que decorreu em janeiro deste ano, e contou com a colaboração de 316 mulheres adultas, 68% das inquiridas afirmou já ter sido alvo de comentários negativos ou insultos sobre o seu corpo. A maior parte desses comentários foram feitos por pessoas próximas (amigos e familiares).

Amigos e familiares que decidem que o seu peso não é adequado e a dimensão do seu peito também não. Ah, e a roupa que veste não é a mais indicada. A consequência? 67% das mulheres escondem o corpo.

Segundo Filipa Jardim da Silva, “estes resultados remetem-nos para esta generalização de como o nosso corpo e a nossa imagem se tornou um tópico que muitas vezes não conhece fronteiras, em que as pessoas perderam muitas vezes o discernimento do que é um comentário que têm legitimidade de fazer e um comentário que não têm legitimidade de fazer, porque entra no espetro da identidade e da individualidade do outro”.

 

Autoestima e autocuidado: qual a relação?


Cuidar de si não é negociável. No entanto, uma baixa autoestima pode criar a ideia de que
só merece gostar e cuidar de si depois de cumprir alguns requisitos:

  • Perder peso;
  • Ser uma pessoa mais disciplinada;
  • Mudar de emprego;
  • Começar a fazer exercício;
  • Saber aquilo que quer;
  • Ter menos celulite.

Até fazer “check” nesta lista de exigências – muitas vezes, como vimos acima, reforçada por pessoas próximas – não merece cuidar de si. É quase como se o autocuidado fosse uma recompensa por fazer o que é “certo”.

O autocuidado não é uma recompensa, mas sim o ponto de partida para aumentar os níveis de bem-estar e potenciar a sua saúde física e mental. Ele ajuda a baixar os níveis de stress, aumenta a produtividade, energia e níveis de satisfação pessoal. Ou seja, é fundamental neste processo de melhorar a sua autoestima e valorização pessoal. É onde tudo começa!

6 práticas de autocuidado para uma melhor autoestima:

 

Auto-observe-se:

Olhe para si, com curiosidade e sem julgamento. Identifique que pensamentos estão presentes, reconheça as sensações no seu corpo e dê nome às suas emoções. Desta forma, será mais fácil perceber quais são as suas necessidades no momento.

Respeite os seus valores:

Quanto mais for capaz de identificar os princípios norteadores da sua vida, maior a probabilidade de se manter fiel a eles, aumentando assim os níveis de satisfação pessoal.

Cuide do seu corpo e da sua mente:

Sono de qualidade, alimentação diversificada, exercício físico, relações de qualidade: a receita para maiores níveis de bem-estar e uma melhor relação consigo e com os outros.

Trabalhe naquilo que gosta:

Vida pessoal e profissional são áreas distintas, mas que se querem integradas e potenciadoras de bem-estar. Trabalhar em algo que gosta e que sente que vai ao encontro dos seus valores é também uma prática de autocuidado.

Fomente relações de qualidade:

Somos seres sociais, pelo que as relações que estabelecemos e alimentamos – independentemente da sua natureza – são também uma parte do nosso autocuidado. Rodeie-se de pessoas que promovam o seu potencial e se guiem por valores compatíveis com os seus.

Regule as suas emoções:

Não se trata de controlar o que sente, trata-se de compreender, ouvir o que a emoção tem para lhe dizer e regulá-la. Emoções como o medo ou ansiedade podem não ser agradáveis, mas fazem parte e importa saber como lidar com estes estados.

Ame-se por Dentro e por Fora

 

Autoestima não é gostar de tudo em nós. Autoestima é aceitar-se, mesmo reconhecendo as suas fraquezas e aquelas características que não adora. E aceitar não quer dizer que se acomode. Aceitar pode ser um primeiro passo para mudar, se isso lhe fizer sentido.

Garanta apenas que o faz por si, e não por uma expectativa irrealista da sociedade ou um comentário sem noção de alguém.

Para ajudar nesse processo de construção de uma autoestima saudável, a Débora Bento Correia e a Cláudia Esteves, psicólogas clínicas da nossa equipa, escreveram o ebook “Ame-se por Dentro e por Fora“.

Um guia prático e muito útil com várias estratégias para uma vida com mais confiança, segurança e amor próprio.

Tire um momento só para si e invista na sua autoestima e rotinas de autocuidado.

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